Ainda que eu deseje uma alma mais carnal.
Mais terrena.
Ainda que eu deseje sonhar realidades.
Amar o provável.
Ainda que eu ignore uma memória constante.. latente.
Uma imagem nua e crua daquilo que se foi. Daquilo que não volta.
Ainda que eu esqueça de não lembrar apenas pela ansia de esquecer.
Não terei paz. Nem sabe-lo trancado. Fechado. Preso no próprio corpo.
Nem isso me fará mais livre.
Como você estou tão presa e trancada em minha própria memória.
Somos o que sou hoje e o que nunca mais serei. Lembrança.
Nem me importo corpo. Nem me importo vida.
Sinto que sou tão etéria quanto minhas eternas lembranças...
Você não volta. Não me mostrará mais caminhos. É tão somente uma memória.
E eu só peço que não me tirem a liberdade de lembrar.
PS.: Este texto "foi encomendado" pela Sonia Borges.. @soninhaborges
Por tanto.. não concluam nada a respeito.
Grata.
2 comentários:
Lindo texto. Obrigada. Vc tem sido linda comigo e já é muito querida. Bjos
Muito, muito lindo !
Beijos
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Obrigada pela curiosidade...
minhas palavras são sinceras.
Reflexo do que vivo, ouço, vejo!