Andei pensando dia desses (desculpa, penso "diariamente") na vida adulta que levamos.
Voltarei um pouco no tempo para explanar como "imaginava" a vida adulta em algumas fases da vida.
Quando criança, lá pelos 6 ou 7 anos meus sonhos todinhos eram voltados para o uso da maquiagem, do vestido e do salto alto. A Lizandra criança só pensava na "maturidade" se ela viesse vestida para arrasar. Linda e doce. Glamourosa. Meus olhinhos brilhavam só de me imaginar nos vestidos esvoaçantes de minha mãe. Adulto era isso!
Depois na adolescencia era questão de honra "parecer" adulta. Honra não. Sobrevivência. Se tinha 14, queria ter 18. Se tinha 15, queria ter 18. Se tinha 16 ou 17, adivinha ... 18!
Finalmente 18 e adivinha? Após todos os anos seguintes desejei desesperadamente permanecer lá. Nos 18.
De qualquer forma cresci. Ser adulto então passou a ser REALIDADE.
Conheci na vida adulta o grande amor (isto não significa que meu coleguinha da 1ª série não tenha sido!!).
Na vida adulta fui abençoada com a dádiva da maternidade. Dádiva. Apesar que nas noites em claro nem sempre pensei desta forma.
Junto com a vida adulta vieram as convenções da sociedade. A roupa que devemos vestir, o carro que devemos dirigir, a escola dos filhos, o numero de cartões de crédito na carteira e principalmente a labuta diária para obter verba para tudo isso.
Onde esta o glamour?
Ando de salto alto sim. Uso um brilho nos lábios. E meus vestidos não são esvoaçantes mas são "ajeitadinhos". Mas não consigo ver brilho nisto tudo.
Queria voltar a ter meus olhinhos de criança. Como eu queria...
O amor da vida da gente além de beijos, carícias e palavras de afeto, também fala da conta da luz, do conserto do carro, da pintura da casa.
Nossos filhos mimosos crescem e o espaço diminui. São personalidades diversas vivendo sob o mesmo teto.
O trabalho te devora e te sustenta. Mas também te da prazer.
O que é difícil mesmo é o equilíbrio.
Ser adulto acho que é isso.
Uma constante tentativa de equilíbrio.
De seriedade com serenidade.
De obrigações com emoções.
Adulto sim, equilibrado, às vezes.
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Obrigada pela curiosidade...
minhas palavras são sinceras.
Reflexo do que vivo, ouço, vejo!