26 de fev. de 2010

Amor ao contrário


Às vezes amamos demais.

Não pessoas. Não coisas. Não situações.
Amamos o que não sabemos ser exatamente.
É um sentimento estranho que vem do nada onde tudo brilha mais.

Os sons são mais límpidos.

Os sorrisos mais alegres.

Os problemas menores.

O trânsito tranqüilo.

Os pássaros mais cantantes.

As árvores mais verdes e frutíferas.

A vizinha menos curiosa.

A filha menos exigente.

O marido compreensivo.

As rugas mais amenas.

O saldo positivo e o gerente da conta, bondoso.

O chefe domado.

Os colegas parceiros.


Esse amor "cotidiano" que nos torna vencedores.


Que nos permite errar e acertar.

Que orienta e acalenta.

Que permite, não exige.

Que abranda.

Que não culpa.

Que existe.

Que sublima.

Que ILUMINA.

Que gargalha.

E que chora.



Esse amor que às vezes penso ser por nós mesmos.
Sinto-me assim ultimamente.
Permitindo-me doar um pouquinho só, de todo este amor guardado em mim para mim mesma!
Quero me dar ao luxo de ser marionete de meu próprio coração.
Quero que ele me guie, mostrando onde estou com a ternura que só o amor tem.

É assim que me sinto.


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Obrigada pela curiosidade...
minhas palavras são sinceras.
Reflexo do que vivo, ouço, vejo!

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