Ainda lembro-me das mãos suadas.
Do coração batendo.
Da preocupação com a roupa.
Com a maquiagem.
E lembro também do meu sorriso radiante quando finalmente nos encontrávamos.
Parecia coisa de cinema. Uma música suave podia ser ouvida... Só por mim!
E sim! Eu via passarinhos coloridos voando por todos os lados...
O corpo tremia.
As pernas, principalmente.
Medo de fazer algo que pudesse apagar toda aquela luz que emanava da gente.
Quando estávamos juntos, lá no meio da paixão, o mundo parava.
Nada importava nem ninguém.
Éramos cúmplices de um sentimento diferente de tudo que até então havíamos vivido.
A paixão mostra os caminhos, mas não conduz.
Nós então optamos por seguir o caminho.
Da paixão nasceu o amor.
O Amor.
Ele terno e suave, pleno em movimentos leves.
A paixão amena deu espaço à imensidão sem limites do amor.
Ele e somente ele constrói... E constrói a dois e para dois.
Quando amamos somos demasiadamente livres.
O amor não aprisiona, enlaça!
Quando estamos juntos o amor quase é palpável de tão concreto.
Nossa cumplicidade agora é explícita. De conhecimento de todos. Somos um casal.
O amor faz isso com as pessoas.
De singular passam a ser "plural".
Temos uma família. Uma casa. Uma vida.
Dividimos a alma e todo o resto.
Enfrentamos os "monstros" e "todo" o resto.
Nosso amor é nosso e do nosso jeito simplesmente por que estamos juntos.
Então é por amor.
Este texto é um relato de como entendo a paixão e o amor.
Vivi os dois.
Conheço as diferenças.
As semelhanças.
Os medos.
As alegrias.
Escrevi também para atender algumas amigas e amigos que insistem em confundir as coisas.
Principalmente as gurias.
Não sei hoje, se mudou... Se não há paixão nem amor... Se há apenas "encontros"...
O que ouço e percebo é que é tudo muito perene... Quase supérfluo... Descartável...
Tenho medo disso.
Tenho horror a isso.
Sofro com elas quando me contam suas histórias.
Fazem-me perguntas que não sei responder. Pois não vivi neste mundo de "desencontros".
O que responder quando alguém te pergunta: - O que quer dizer se ele vasculha o meu ORKUT?
[Eu sei lá – penso eu]
Dá vontade dizer: - E o que tu sente quando ele vasculha o teu "Orkut"? Te dá prazer? É bom? Tem carinho depois? Ou ele vira para o lado?
Acho que não sei mais como esta a vida na área da Paixão e do Amor nos dias de hoje...
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Obrigada pela curiosidade...
minhas palavras são sinceras.
Reflexo do que vivo, ouço, vejo!