5 de jan. de 2010

A Praia!






 

Oh
lugarzinho
estranho esse...
Alguns mais afortunados por conhecerem águas límpidas, areias branquinhas, terem visto uma vez na vida um coral, um peixinho colorido ou os próprios pés dentro d´agua chamam de "paraíso."
O que me causa estranheza é uma parcela da sociedade não tão sortuda assim chamar também de "paraíso" um lugar que, com exceção da salinidade da água, em nada se parece com que acabo de descrever.

Vamos ao "paraíso" dos gaudérios:

  1. vento nordestão, responsável por deixar cabelos voando por todos os lados. Voam também tocos de cigarros, tapa sol, tolhas de praia, chapéus, blá blá blá
  2. areia bege deusulivre grudenta (isso sem falar na espiga de milho, no maço vazio de cigarros, na fralda descartável suja, no copo plástico, nas velas, nas rosas, blá blá blá)
  3. basta sentar (corajosamente) por 2 minutos para o paraíso virar no inferno dos ambulantes, então é um tal de Dona compra isso, Dona olha aquilo, blá blá blá
  4. a parte que mais me diverte A ÁGUA! Cor de barro cruzcredo, basta por um pezinho e você é sugado com uma força nunca antes vista, é o chamado "CALDO". As ondas não servem para nada. Para o surfe são miúdas demais, para um "corajoso banho" violentas demais. Agora os seres que habitam este local: nada de peixinhos coloridos, nem estrelinhas do mar, nem corais maravilhosos... o que nosso marzão propicia é uma baita queimadura pela "mãe dágua".
  5. agora a parte que mais me deixa nervosa: o público deste lugar "divino". Nada de corpos esculturais, talhados nas academias da moda, nem trajes elegantemente desenhados. No nosso "balneário" o que é cult são as "banhas" conquistadas com muita graxa de boi gordo, chope quente e, é claro, caipirinha de 51. As vestimentas nem se fala... sungas desbotadas e "esgarçadas" deixam "balançando" tudo que o pobre tenta o ano inteiro esconder. Os biquínis são um assunto a parte.
  6. biquínis e maiôs. neste tópico devo salientar que há de tudo um pouco. biquínis minusculos em corpos gigantescos. biquínis gigantescos em corpos minúsculos. maiôs estampados que qualquer professor usaria para explanar uma aula de geografia, botânica ou se a "vítima" ficar parada é bem capaz de pousar uma gaivota achando que pode fazer um ninho.





Socorro! é de doer.
Por essas e por outras que há exatos 20 anos me nego a me expor neste litoral gaudério.
O mais perto que chego da nossa orla é na pracinha, onde delicio croassonhos de chocolate.

Era isto.

1 comentários:

Soma.CP Comunicação | Communication disse...

Mas, você está aí, então não pode ser tão ruim...

"Procure não ver nada em particular. Tente não atingir nada em especial. Você já tem tudo em sua própria qualidade pura." - Shuryu Suzuki

Beijinho e boa praia, seja onde for!

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Obrigada pela curiosidade...
minhas palavras são sinceras.
Reflexo do que vivo, ouço, vejo!

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